Desculpe a franqueza, mas só haverá futuro porque haverá a engenharia. Partindo dessa verdade, porém, podemos concluir que a engenharia que nos trouxe até aqui o fez com alguns equívocos e precisa ser repensada em um mundo que exige, de cada um de nós, fazer mais com menos e preservar o meio ambiente.
No mundo onde precisamos gerar comida para uma população que cresce e fixa sua residência na zona urbana são grandes os desafios. Água para produzir alimentos, criar animais, abastecer moradias, muitas vezes, precárias. Trata-se de garantir cidadania e de como nós, engenheiros, devemos participar dessa construção.
Na zona rural, faz-se necessária a estrutura mínima para a sobrevivência com dignidade de quem lá habita, com escolas, creches, posto de saúde, água, energia renováve e infraestrutura para escoar a produção. O alimento gerado no campo precisa chegar nas nossas mesas e essa logística passa pelos transportes rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo. Vejam o quanto é grande o universo de oportunidades!
Rodovias a serem executadas, outras à espera de manutenção. Não podemos deixar a Transnordestina no esquecimento. Precisamos colocar a engenharia para resgatar essa importante obra de transformação social e econômica em nosso Estado.
No mundo da globalização, da internet e da ciência de dados, ainda nos deparamos com o CREA-PE cartorial. Vamos mudar esse cenário com muita tecnologia e recursos humanos para chegarmos ao CREA 4.0.
Nada disso será possível, se não tivermos a engenharia forte, competitiva, produtiva, com conceitos modernos e visando o futuro que queremos e merecemos. É esse o debate que vamos propor no CREA-PE, a partir deste mês de janeiro de 2021. O futuro exige de nós coragem para lutarmos por aquilo que acreditamos. Esse sonho não é meu, ele é nosso. Esse sonho não é de um, mas de todos, e não é e nunca será do contra, mas a favor da engenharia, dos profissionais e da sociedade. O CREA-PE SERÁ PARA TODOS!
Via: diariodepernambuco